Casos de sarampo no Brasil: fique por dentro das orientações em relação à doença
A ocorrência de surtos de sarampo no país neste ano tem preocupado as autoridades e medidas estão sendo tomadas para evitar que a doença se torne uma epidemia. Já foram confirmados casos no Amazonas, Roraima, Rio Grande do Sul, Rondônia, Mato Grosso, Rio de Janeiro e São Paulo.
Mesmo sem casos confirmados do sarampo em Belo Horizonte desde 1997, é importante que profissionais e serviços de saúde fiquem atentos às formas de prevenção e do manejo de pacientes com suspeita da doença, principalmente agora, com o aumento do fluxo de pessoas devido à aproximação do final das férias de julho.
Vacinação é a principal medida de controle e prevenção à doença
A orientação do Ministério da Saúde é a avaliação da situação vacinal do paciente, principalmente aqueles em idade adulta, tendo em vista as doses de reforço da imunização. A vacina é oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e está prevista campanha nacional de vacinação contra o sarampo, entre os dias 6 e 31 de agosto.
Orientações sobre a imunização contra o sarampo:
– Profissionais de saúde (médicos, enfermagem, fisioterapeutas, entre outros), independentemente da idade, devem ter duas doses válidas da vacina tríplice viral documentadas.
– Aos 12 meses de idade, a criança deverá receber a 1ª dose da vacina tríplice viral (que protege contra o sarampo, rubéola e caxumba).
– Aos 15 meses de idade, a criança deverá receber a 2ª dose com a vacina tetraviral (contra o sarampo, rubéola, caxumba e catapora/varicela) ou a vacina tríplice viral e a de varicela monovalente.
– Entre os 2 e 29 anos, caso não tenha nenhum registro de dose da vacina tríplice ou tetraviral, o indivíduo deverá receber duas doses com intervalo de no mínimo 30 dias entre as doses.
– Entre os 30 e 49 anos, caso não tenha nenhum registro de dose da vacina tríplice ou tetraviral, a pessoa deverá receber apenas uma dose.
– Indivíduos acima de 50 anos que não puderem comprovar vacinação ou imunidade prévia e com previsão de viagem para áreas onde a transmissão do sarampo foi registrada deverão receber vacina tríplice viral, pelo menos duas semanas antes da viagem.
– A vacina pode ser administrada no pós-parto imediato e não contraindica a amamentação;
– Profissionais de transporte, turismo e do sexo independentemente da idade, devem manter o cartão de vacinação atualizado conforme os esquemas vacinais preconizados.
Contraindicações à vacinação contra sarampo:
– Gestantes;
– Crianças menores de 6 meses de idade;
– Pessoas imunossuprimidas por doença ou uso de medicação.
Notificação de casos suspeitos de sarampo
Toda a população deve manter o cartão de vacinação atualizado conforme os esquemas vacinais preconizados. Contudo, em caso de suspeita de sarampo, é fundamental que seja realizada notificação precoce se:
– O paciente, independentemente da idade e da situação vacinal, apresente febre e exantema maculopapular, acompanhado de um ou mais dos seguintes sintomas: tosse, coriza, conjuntivite
– Indivíduo suspeito com histórico de viagem ao exterior ou aos estados do Brasil com casos confirmados nos últimos 30 dias ou no mesmo período, com alguém que viajou para esses locais.
Confira aqui mais informações nas notas técnicas da Secretaria de Estado da Saúde/MG e Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte.
Dúvidas sobre vacinação? Confira abaixo a entrevista com epidemiologista e o cooperado da Unimed-BH, José Geraldo Leite Ribeiro
Vacinação em adultos:
Vacinação em Pediatria