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A última quarta-feira, 9 de novembro, marcou o início das atividades científicas do Centro de Inovação em Inteligência Artificial em Saúde (CIIA-Saúde), um projeto da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em parceria com a Unimed-BH e com o Estado de Minas Gerais que conta com financiamento da Unimed-BH. O evento aconteceu no Salão Nobre da Faculdade de Medicina da UFMG e contou com a presença de representantes da UFMG, do Governo de Minas Gerais e do diretor-presidente da Unimed-BH, Frederico Peret.

O Centro nasce com o desafio de ampliar e aperfeiçoar o atendimento à saúde no Brasil e vai transferir tecnologia e conhecimento para o mercado e formar pessoas para atuação na integração entre áreas como ciência da computação, medicina, engenharia e ciências biológicas. “Sabemos da importância cientifica e econômica desta nova área de investigação que vai de mãos dadas com o benefício social direto através da melhoria de assistência da saúde”, disse o pró-reitor de Pesquisa da UFMG, Prof. Fernando Reis.

Complementando a fala do Prof. Fernando, o diretor-presidente da Unimed-BH, Frederico Peret reforçou que "é um orgulho estar vivendo este ‘momento histórico’ e de grande potencial. Com o Centro, temos o objetivo de beneficiar as pessoas dentro do sistema de saúde, direta e indiretamente, por meio de produtos e inovações que mudem o nosso cenário e que tragam desenvolvimento, tratando e forma respeitosa os princípios cooperativistas nos quais a Unimed-BH foi fundada”.

Multidisciplinar e multi-institucional

A oportunidade de criação do CIIA-Saúde na UFMG foi gerada por edital lançado pela Fapesp. O trabalho é multidisciplinar e multi-institucional, reunindo diversas instituições do país, além da Unimed-BH. Para o professor emérito da UFMG e pesquisador responsável pelo Centro, Virgílio Almeida, a parceria com a Unimed-BH é fundamental. “Além dos recursos financeiros, a cooperativa dispõe de dados e conhecimento sobre os problemas de saúde que serão fundamentais para o CIIA”, afirmou.

Os principais eixos na busca por inovação são prevenção e qualidade de vida, diagnóstico e rastreamento, medicina terapêutica e personalizada, gestão de sistemas de saúde e epidemias e acidentes.

Pesquisa e inovação

Para marcar a inauguração também foram apresentados dois empreendimentos de pesquisa na área da saúde que recorreram à inteligência artificial. A professora Gabriela Miana da Faculdade de Medicina fez exposição sobre estudo transdisciplinar em que a IA ajudou a identificar a idade eletrocardiográfica de pacientes, associada a maior ou menor risco de eventos e mortalidade. Já Pedro Alzamora, graduando em Ciência da Computação, mostrou projeto que resultou numa plataforma de coleta, enriquecimento, modelagem e análise de dados sobre a covid-19 oriundos de fontes diversas.

Também aconteceu uma exposição sobre ética na utilização da tecnologia em saúde realizada pela professora italiana Laura Candiotto, da Universidade de Pardubice, da República Tcheca. "Dispositivos tecnológicos devem apoiar a relação de confiança que é crucial no cuidado de um enfermeiro ou médico com a saúde do paciente. E essa confiança nos dispositivos deve ser crítica, ou seja, o paciente deve considerar suas próprias vulnerabilidades e também as da tecnologia”, afirmou.

Sobre o CIIA-Saúde

O Centro foi contemplado em edital colaborativo entre a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o Ministério de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o Ministério das Comunicações e o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). O CIIA-Saúde está sediado no Departamento de Ciências da Computação da UFMG (DCC-UFMG) e conta com a participação de membros da Unimed-BH na sua estrutura de governança.

O CIIA-Saúde é fruto de uma Aliança Estratégica – modalidade de parceria que tem unido universidades e a iniciativa privada – com a Unimed-BH e conta com o apoio da Fapesp e do governo do estado, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).