Telemedicina e saúde digital foi o tema em discussão na 4ª edição do Talks Unimed-BH
A Telemedicina já é uma realidade em diversos projetos no Brasil e no mundo e representa mais uma oportunidade de fazer melhor o que sabemos fazer. Essa foi uma das reflexões que o Talks Unimed-BH trouxe sobre a telemedicina e as ferramentas digitais na área da saúde.
O tema norteou a programação do evento, que reuniu mais de 200 pessoas no auditório do Espaço de Eventos da Unimed-BH na tarde da terça-feira, 10/3.
Na abertura, o diretor-presidente da Cooperativa, Samuel Flam, destacou que as mudanças impulsionadas pela transformação digital já fazem parte do nosso presente. “Nesse cenário, a discussão já não é mais sobre quando ocorrerão as mudanças na Medicina, mas sobre como empresas, médicos, profissionais da saúde, pacientes e órgãos reguladores se adaptarão a essa realidade”, disse.
Samuel também comentou sobre o momento que estamos vivendo na saúde mundial. “Com a epidemia do coronavírus, a complexidade e as incertezas se impõem. Temos que estar juntos – todas as áreas da Medicina – para enfrentar o coronavírus e colher os aprendizados”.
Painéis de discussão
Depois da fala de abertura, a programação seguiu com o painel “A Transformação da Saúde e a Revolução Digital”, mediado pela colunista de saúde digital do portal Saúde Business, Pamela Paschoa.
Participaram da conversa os médicos Thiago Júlio, gerente de Inovação Aberta do Dasa e curador da vertical de Saúde do CUBO/Itaú, e Felipe Cabral, coordenador médico de saúde digital do Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre.
Para Felipe, a telemedicina veio para melhorar a relação entre médico e paciente. “A interação é instantânea e segura, sem contar que, se o médico for um bom profissional, ele tem a possibilidade de ampliar seu portfólio, atendendo pessoas de regiões remotas do Brasil. Com a telemedicina, conseguimos impactar muito mais pessoas do que imaginamos”, enfatizou. Para Thiago, “o paciente hoje tem uma postura de cliente, o que gera toda uma demanda por experiência e satisfação. Não adianta mais só tratar e curar o cliente se a experiência dele não for positiva”.
Telemedicina no Brasil: para onde vamos?
Fábio Lentúlio falou sobre o avanço das práticas de telessaúde na Cooperativa. “Começamos com o telelaudo e expandimos com a teleinterconsulta em Conceição do Mato Dentro (MG). Depois, avançamos mais com os serviços de telenfermagem e atendimento psicológico online, esse último em parceria com a startup Psicologia Viva, que foi uma das participantes da última edição do Link One – o programa de conexão com startups do nosso Centro de Inovação. Agora estamos monitorando os clientes com suspeita de coronavírus por meio de telemonitoramento diário e consulta on-line”.
Para saber mais sobre os dois novos serviços, assista abaixo ao vídeo exibido no Talks
Participando via videoconferência por motivos de saúde, Alexandre Taleb falou sobre os elementos cruciais para um projeto de telemedicina decolar. “Ter uma rede de TI sólida, simplificar sistemas, conscientizar médicos e pacientes e capacitar os colaboradores”.
O médico ainda comentou sobre os principais entraves para a telemedicina no Brasil avançar. “Destaco a legislação atual e a aceitação da comunidade médica. Além disso, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) é um desafio que precisa estar no radar de todos que querem fazer telemedicina no País”, completou.
Experiências internacionais
O painel “Tendências e Desafios para a Telemedicina: experiências internacionais” encerrou a programação com a conversa entre Alexandre Flores, superintendente geral de Gestão Empresarial da Unimed-BH, e as convidadas Maya Cohn, diretora de operações do Instituto de Pesquisa e Inovação da Maccabi Health, e Jennifer Peña, diretora de Cuidados Primários Virtuais da Oscar Health.
Devido ao surto do coronavírus (COVID-19) e levando em conta as orientações emitidas pelos órgãos oficiais de saúde sobre restrições de viagens internacionais, as duas convidadas estrangeiras, então, participaram ao vivo por videoconferência. “Em nossa experiência na Maccabi Health, acreditamos que a forma mais rápida de evoluir é trabalhando em parceria. Cada parceiro traz o seu melhor em termos de conhecimento, expertise e dados para criarmos os melhores produtos e serviços de saúde”, disse Maya.
Para Jennifer, um dos grandes diferenciais da Oscar Health é a assistência virtual prestada aos clientes. “Oferecemos um aplicativo que permite a busca por médicos, a consulta a resultados de exames e prescrições, entre outros serviços. Além disso, os usuários conseguem conversar todos os dias com uma equipe de concierge e médicos de plantão”, exemplifica.