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Quando a simplicidade pode ser a alma do negócio

Com quase 132 anos de história, a Kodak pediu concordata em 2012. A empresa americana que inventou a câmera fotográfica e dominou o mercado, chegando a vender 90% dos filmes fotográficos utilizados nos Estados Unidos, não resistiu à era digital. Não antecipou a onda de inovações tecnológicas, tampouco a seguiu. Então, o desfecho foi desolador.

O case foi um dos exemplos citados por Gustavo Caetano, fundador da Samba Tech, líder em soluções para vídeos on-line na América Latina e eleita entre as empresas mais inovadoras do mundo. “Todas as empresas, de todos os segmentos, devem estar abertas à experimentação, à transformação”, enfatizou. Ele fez uma alusão às startups, empresas em geral de pequeno porte e ágeis, que se dedicam à inovação. “Entre as maiores empresas americanas da década de 1950, 90% já não existem mais. Por quê? Ficaram paradas no tempo, não se movimentaram, não inovaram.”

Segundo Gustavo, o mundo mudou, as pessoas estão mais conectadas, com mais serviços à disposição. Elas esperam mais comodidade, algo que faça a diferença em suas vidas. Por isso, as empresas devem ser ágeis, focar em mercados promissores e, especialmente, ter um propósito e refletirem: “Por que existo? Estou melhorando a vida das pessoas? Estou arrumando algo que está errado? São perguntas a serem feitas pelas empresas, que devem ter foco, tentar resolver um problema e ser muito boas nisso”, disse.

O empreendedor destacou que inovar não significa necessariamente inventar. Basta estar atento às tendências, identificar coisas simples que possam estar falhando e ver como isso pode ser alterado e aprimorado para beneficiar o cliente. “Devemos planejar, mas agir muito mais; entre o mapa e o terreno, devemos escolher o terreno, experimentar. As pessoas, na maioria das vezes, são blindadas, não estão atentas aos feedbacks, seguem o mapa e não observam atentamente o caminho, por isso deixam de perceber os problemas e não atuam para corrigi-los.”

Iniciativas inovadoras na Unimed-BH

Na abertura da palestra de Gustavo, o diretor de Provimento de Saúde, José Augusto Ferreira, falou sobre as inovações adotadas nos últimos anos pela Unimed-BH. Citou iniciativas benéficas para clientes e cooperados, como o GUIA (Gestão Unimed de Indicadores Assistenciais) e o Agendamento On-line de Consultas. Propôs uma reflexão: “Várias organizações têm enfrentado problemas e nós estamos colhendo resultados positivos. A razão disso é que temos trabalhado de forma diferente”. O diretor destacou a necessidade de fazer bem feito, mas não apenas do mesmo jeito, e sem se desviar do foco. “Nossa missão é valorizar o trabalho médico e cuidar dos nossos clientes. Mas é preciso fazer diferente, evoluir, mudar, melhorar, crescer. Inovar é fazer melhor do que fazemos hoje”, frisou.

Saúde inovadora

Falando especificamente do segmento de Saúde, Gustavo Caetano fez um apelo aos médicos: tentem fazer a diferença para seus clientes e comecem pelo mais simples. “Por exemplo, coloquem-se no lugar dos seus pacientes e tentem utilizar os serviços que eles utilizam. Liguem para a sua própria secretária e vejam como são atendidos. É difícil agendar? Se precisar mudar a data da consulta ou do procedimento, há dificuldade? São atitudes pequenas, mas que impactam muito. E os problemas podem começar assim, pequenos. Se não agirmos logo, eles expandem e nos vencem”, alertou. “Parem de falar, pensar e escrever. Façam. Se falhar, o máximo que vai acontecer é vocês terem aprendido algo novo”, concluiu.

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