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Projeto da Unimed-BH é premiado entre os melhores em evento científico

Mais um projeto inovador da Unimed-BH é destaque no cenário mundial. Dessa vez foi pelo desenvolvimento de um modelo de aprendizado de máquinas (machine learning) para identificação de pacientes com risco de acidente vascular cerebral isquêmico (AVCi). O projeto foi premiado como a melhor produção científica na categoria pôster no Global Stroke Alliance 2022, um dos maiores e mais conceituados eventos científicos em nível mundial focado na prevenção do AVC.

A equipe de cientistas de dados da Gerência de Ciência de Dados em Saúde tem atuado na construção deste modelo desde 2020, com o objetivo de identificar clientes da carteira com risco aumentado de desenvolver AVCi. O desenvolvimento deste modelo envolveu a análise do histórico de dados de 22.610 clientes entre 2017 e 2019, dos quais 2.449 apresentaram AVCi.


 

“Acredito que o que chamou a atenção da comissão avaliadora tenha sido o aspecto inovador da iniciativa. O modelo está em fase de testes, não foi colocado em produção ainda. Vamos continuar aprimorando o modelo e, quando estiver em estágio mais avançado, iremos definir de que maneira ele poderá auxiliar a Cooperativa a identificar prioridades assistenciais ou educativas”, conta o médico e gerente de ciência de dados em saúde da Unimed-BH, e um dos responsáveis pela pesquisa, Fernando Martín Biscione.

O evento científico foi realizado em São Paulo, no último final de semana. Karla Lemes e Daniela Vilela representaram a Cooperativa no recebimento do certificado de reconhecimento.

Os autores do projeto são: Guilherme da Cunha Messias dos Santos, José Luiz Gonçalves Bastos Júnior, Karla Cristina Oliveira Lemes, Daniela Faria Vilela e Fernando Martín Biscione. O trabalho é desenvolvido pela Gerência de Ciência de Dados em Saúde e a Gerência de Risco em Saúde, ambas ligadas à Superintendência de Atenção à Saúde.

Acidente Vascular Cerebral

O AVC é a principal causa de incapacidade no Brasil e no mundo. Aproximadamente 90% dos casos são evitáveis por meio de estratégias de controle dos fatores de risco. Por isso, ferramentas que identificam populações em risco de AVCi podem ser aliados valiosos na prevenção primária deste evento.

“Pacientes que sofrem AVCi podem ficar com sequelas, muitas vezes, permanentes, ou até levar ao óbito. Assim, identificar precocemente o risco de AVCi e evitar a sua ocorrência é a estratégia mais desejável. Diversos fatores predispõem ao desenvolvimento de um AVCi, desde o excesso de peso, diabetes e idade”, explica o neurologista Guilherme da Cunha Messias dos Santos.

Linha de cuidados do AVC 

Desde fevereiro de 2019, a Unimed-BH implantou a linha de cuidados pós AVC, objetivando proporcionar aos clientes com internação por AVC agudo uma assistência integral com acesso oportuno, através de uma rede hierarquizada e qualificada de cuidados pós alta hospitalar. De acordo com Fernando Biscione, uma das limitações desta linha é que identifica o cliente quando ele já apresentou o evento: "nossa expectativa é poder identificar o cliente antes de acontecer o AVC, e este modelo pode ser valioso neste sentido".

Esta nova forma de cuidar contempla um acolhimento, direcionamento e monitoramento dos clientes durante o seu percurso assistencial, com interface aos prestadores nos variados níveis de atenção e foco nas necessidades globais de cada cliente para uma melhor experiência e um cuidado mais eficiente em saúde. 

O processo de acompanhamento é iniciado a partir da identificação do cliente, por meio de uma busca ativa automatizada que notifica diariamente os clientes internados na rede hospitalar com CID de AVC. O direcionamento pós alta hospitalar é baseado em um modelo de atenção biopsicossocial, com plano de cuidados individualizado e que atende de forma adequada às necessidades do paciente.

Durante a avaliação, feita pela equipe da Unimed-BH, é aplicado um instrumento de avaliação funcional Índice de Barthel e realizado discussão em conjunto com equipe multidisciplinar do hospital para definição do melhor direcionamento destes clientes, podendo ser: Clínica de transição (Paulo de Tarso), atenção domiciliar, rede ambulatorial especializada (Programa de Reabilitação Pós AVC), clínicas de reabilitação e/ou acompanhamento no ambulatório de Doenças Cerebrovasculares.

Além disso, há uma disponibilização de conteúdos relacionados ao mecanismo da doença, prevenção ao AVC e cuidados em domicílio para clientes com déficits, encontrados no site Viver Bem


 

AVISO

Esse espaço contempla as edições de 2015 a 2023. Para acessar as edições a partir de 2024, clique aqui.

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