Confira participação de diretora da ANS em evento realizado pela Fencom

“Para garantir a integralidade da atenção à saúde, precisamos mudar o modelo.”- Martha Regina de Oliveira, Diretora de Desenvolvimento Setorial da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), abriu o 7º Seminário Intercooperativo realizado pela Fencom na última sexta-feira, 6 de maio, convidando o público a uma reflexão sobre a necessidade de redesenho do modelo atual de assistência oferecido à população. A proposta é garantir a integralidade do cuidado prestado aos beneficiários da saúde suplementar, resgatando os princípios da Atenção Primária à Saúde.

Apresentando dados que demonstram que, mesmo com aumento dos gastos per capta, a qualidade da assistência à saúde prestada à população não é satisfatória, Martha destacou que, para termos um modelo sustentável, é fundamental que o desempenho seja medido por indicadores, com a introdução de uma nova lógica de remuneração das equipes: “Culturalmente, somos resistentes à ideia de sermos avaliados, mas, precisamos entender que as informações aferidas serão utilizadas a nosso favor.”, afirmou.

Para que as equipes se envolvam e estejam empenhadas a participar deste movimento, a palestrante sugeriu que os profissionais da saúde participem do processo de construção do modelo, compartilhando suas experiências para a criação de indicadores relevantes, de fácil mensuração e que expressem realmente a qualidade do cuidado dedicado ao cliente.

Ao citar projetos desenvolvidos pela ANS como incentivo à reorganização das unidades hospitalares, Martha comentou que o Projeto Parto Adequado superou a meta de um ano em apenas 6 meses de atividades. Por meio de metodologia simples, mudanças significativas foram percebidas nas instituições e operadoras que se dispuseram a adotar o modelo proposto, oferecendo às gestantes assistência integral até o nascimento de seus bebês.

“Nosso próximo passo é o lançamento de um projeto voltado ao acompanhamento dos idosos, mas, não sobreviveremos de pilotos. Estamos tentando criar cultura e ambiente para a mudança acontecer e a iniciativa de vocês, líderes de conselhos, associações e sociedades médicas é imprescindível para evoluirmos na busca pela sustentabilidade da saúde suplementar no Brasil.”, concluiu.