Pandemia em BH: ocupação de leitos diminui, mas permanece em níveis preocupantes
Quando comparadas à situação em meados de março, ocupação de leitos e taxa de transmissão (RT) apresentam melhoria. A situação, no entanto, exige cautela.
Os indicadores que avaliam o avanço da pandemia da COVID-19 em Belo Horizonte apresentaram alguns sinais de melhora nas últimas semanas, embora sigam preocupantes. Isso é o que demonstrou o último boletim epidemiológico emitido pela Prefeitura nesta quinta-feira, com dados até o dia 20 de abril.
Embora o RT – taxa de transmissão média por infectado – tenha recuado para 0,92, indicando desaceleração, a ocupação de leitos segue alta. Os leitos de UTI Covid-19 na Rede SUS e Suplementar estão 83,1% ocupados – na faixa vermelha. Já a ocupação em enfermarias atingiu 59,1%, considerada zona amarela de atenção.
Os números permanecem preocupantes, no entanto, a situação já é ligeiramente melhor do que a registrada em meados de março, quando a ocupação de leitos UTI ultrapassou 100% da capacidade na capital.
Indicadores de monitoramento divulgado pela PBH no dia 20 de abril de 2020
Cenário em nossa Rede
Os dados na Rede Própria e Credenciada da Unimed-BH também têm apresentado alguns sinais de melhora. Números do último boletim, com dados até a 15ª semana epidemiológica de 2021 (11/04 a 17/04), mostram queda tanto nas internações, quanto nos óbitos. Depois de um pico de 1002 pessoas internadas e 115 óbitos registrados nos últimos dias de março, os indicadores apresentam queda: com 783 internações notificadas e 51 óbitos.
Indicador de ocorrência de óbitos na Rede Unimed-BH até a 15ª semana epidemiológica de 2021
Indicador de ocorrência de internações na Rede Unimed-BH até a 15ª semana epidemiológica de 2021
Taxa de mortalidade na capital
Belo Horizonte registrou, na terça-feira, 20/4, 46 óbitos pela COVID-19. Agora, a cidade soma 3.979 vidas perdidas. Embora preocupante, a taxa de mortalidade na capital mineira segue a mais baixa entre os municípios com mais de 1 milhão de habitantes. Segundo dados do Ministério da Saúde, a cidade registra 156 mortes a cada 100 mil pessoas. Para se ter uma ideia, o Rio de Janeiro computa 335 mortes por 100 mil, enquanto Manaus chega a 395 óbitos, ocupando o topo da lista.
Trabalho em conjunto
O combate da pandemia e a manutenção da baixa taxa de mortalidade na capital é fruto do trabalho conjunto das iniciativas pública e privada. Atrelado à isso tem também a dedicação das equipes assistenciais, o que vem gerando bons resultados para Belo Horizonte. A vigilância, entretanto, não deve ser reduzida. O cenário continua grave, exigindo cautela de todos para evitar aglomerações e manter os cuidados com a higiene.
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