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Obesidade é pauta de debate entre especialistas no Simpósio do Congresso Nacional de Saúde

É crime um profissional que orienta a pessoa a comer leite condensado de manhã para aumentar o IMC e ser apto à cirurgia bariátrica”. Quem esteve presente no Simpósio Obesidade: estamos preparados para esse desafio?, promovido pela Unimed-BH no dia 30 de agosto, pôde ouvir a fala da médica Kátia Audi, gerente de Monitoramento Assistencial da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e a opinião de muitos outros profissionais, entre eles cirurgiões, endocrinologistas, nutricionistas, nutrólogos e demais especialistas no tema.

A cirurgia bariátrica foi uma das questões debatidas no Simpósio, que integrou a programação do 4º Congresso Nacional da Saúde, realizado pela UFMG. Aumento da obesidade entre jovens e a população em geral, os desafios no enfrentamento da obesidade, comorbidades relacionadas à doença, atuação da ANS nesse cenário, mitos e verdades sobre alimentação saudável, dietas da moda, IMC (Índice de massa corporal), técnicas de cirurgia e principais problemas pós-operatórios também foram temas levantados pelos palestrantes durante o Simpósio.

Cirurgia bariátrica: fazer, não fazer, quando fazer?
Em uma mesa redonda, o cirurgião, Alexandre Lages Savassi Rocha, apresentou a visão sobre a cirurgia, enquanto Maria de Fátima Diniz levou a visão da endocrinologia. Participando da discussão, Alline Beleigoli, da clínica médica, apresentou os resultados de médio e longo prazo em pacientes que já realizaram a cirurgia, o que contribuiu para embasar as discussões dos especialistas.

Mesa redonda para discussão sobre a cirurgia bariátrica

Dietas em cheque
Dieta do ovo, dieta do Martini, dieta low carb, dieta da lua, dieta do jejum intermitente e por aí vai. É muita dieta para seguir e pouco entendimento da população geral sobre os resultados na saúde de quem faz. E o problema não é só o tipo de dieta, mas também como se manter nela, tendo em vista que um dos principais problemas, seja de pessoas obesas ou não, é dar continuidade a uma alimentação balanceada.

Muita gente desconta na comida suas frustações e angústias. A consequência é o aumento no peso e, com isso, o sentimento de culpa e raiva”, explicou o psiquiatra Sérgio de Campos, na palestra que abriu o evento.

 

O fato é que, problemas com a alimentação vêm levando ao crescimento do número de obesos no Brasil nos últimos anos. Rafael Moreira Claro, nutricionista, trouxe números de uma pesquisa nacional sobre saúde e nutrição que comprovam o cenário crítico: em 2013, já tínhamos, aproximadamente, 26,6 milhões de pessoas obesas, 7,9 milhões de diabéticas e 41,2 milhões de hipertensos. E a tendência para os próximos anos é alarmante. “Se continuarmos nesse ritmo, alcançaremos em 2020 o mesmo índice de obesos dos EUA, país mundialmente conhecido por possuir uma população com grande sobrepeso”, disse Rafael em sua palestra.

Durante o Simpósio, foi unânime entre os participantes a importância de se discutir mais a fundo o problema da obesidade no País. E isso foi o que motivou a criação de uma carta de intenções, lida ao final do evento. “Reconhecemos a complexidade e extensão do problema, e reafirmamos que, só por meio de políticas públicas direcionadas, intersetoriais e participativas, será possível mudar o cenário atual do nosso país, no qual metade da população está acima do peso e 18% são obesos” – trecho da carta que será direcionada aos órgãos de saúde e entidades para medidas mais enfáticas contra o aumento da obesidade.
 

Clique aqui e leia a carta na íntegra.

 

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