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Na mídia: Diretor-presidente da Unimed-BH participa do Minas S/A Liderança

O diretor-presidente da Unimed-BH, Frederico Peret, foi convidado pela jornalista Helenice Laguardia para participar do Minas S/A Liderança, um dos principais programas de negócio da imprensa mineira, exibido pelo Portal e Jornal O Tempo. Em uma hora de entrevista, Peret teve a oportunidade de abordar temas estratégicos para a nossa Cooperativa.

 

CONFIRA ABAIXO ALGUNS TRECHOS IMPORTANTES DA ENTREVISTA:

Cenário de Saúde Suplementar

HL: A Unimed-BH tem 54% de participação do mercado mineiro. A gente vê como que a Unimed BH vem se sustentando. É uma receita líquida, um volume de recursos que ele consegue pagar todos os custos, remunerar o médico cooperado e fazer expansões, mas também depende de cliente não é porque a maior parte é de cliente corporativo, não é de empresas que contratam o plano e na não tanto do cliente individual. Então é só manter aí esse tripé, né? Como que faz, não é? Para manter isso e não perder em atendimento e qualidade?

FP: A Unimed-BH veio trabalhando com três pontos principais, o primeiro uma política de capitalização da cooperativa. À medida que tivemos bons resultados, o patrimônio da cooperativa veio crescendo e isso nos tornou competitivos. Ter um patrimônio líquido robusto, como qualquer empresa, é absolutamente essencial para que a gente possa efetivamente vir ao mercado e nos ofertar com garantia de que aquilo que nós vamos trazer como parceiros da assistência à saúde das empresas e dos clientes individuais nós temos a oportunidade de cumprir. Se nós olharmos os resultados da Unimed-BH desde 1998, fazendo aqui uma timeline histórica, vimos o crescimento do patrimônio da cooperativa proporcional ao crescimento do número de clientes e claramente da receita.

O segundo ponto é a profissionalização da gestão. Desde 1998, a Unimed-BH veio trazendo cada vez mais uma gestão mais profissional, uma governança mais robusta, há um investimento na formação das lideranças, não só as lideranças da cooperativa como dos cooperados. Mais um investimento da liderança dos executivos. São investimentos em profissionais que sustentam a nossa operação.

O terceiro pilar foi efetivamente uma política comercial robusta. Tendo esses dois arcabouços, na gestão profissional de uma boa capitalização, no sentido de prover esse crescimento e esse equilíbrio.


 

Remuneração médica

HL: Remuneração dos médicos cooperados é um assunto já pacificado? Antigamente tinha muita discussão disso, né? O médico queria sempre receber mais, isso já é um assunto resolvido?

FP: Na questão da remuneração, nós temos sempre que evoluir. Precisa ser uma remuneração justa pelo trabalho que está sendo executado, mas também por um modelo de remuneração. Nessa discussão sobre a sinistralidade que vem acontecendo no mercado de saúde suplementar, o melhor modelo de remuneração também se tornou cada vez mais importante. A conclusão que se tem é de que diferentes modelos de remuneração serão adaptados a diferentes realidades de hospitais ou de tipos de atendimento ou mesmo de especialidades médicas. É muito importante que a gente sempre atrele a remuneração aos resultados que a cooperativa conquista. Então, esses anos todos que a gente tem desenvolvido de modelo, eles estão relacionados a resultados.

Atualmente, a gente trabalha dois indicadores importantes: a sinistralidade, que é o nosso resultado final, como a gente conversou um pouco mais cedo aqui, e também a experiência do cliente, através do NPS. Também estamos desenvolvendo outras formas de monitoramento sempre no sentido, claro, de agregar, ou seja, quanto melhor for o seu relacionamento, quanto melhor for o seu resultado, melhor será sua remuneração.

É importante que a gente trabalhe e, por isso, a eficiência é muito importante nesse ponto também. A remuneração está nitidamente ligada à sinistralidade. Para ter boa remuneração, eu tenho que ter bons resultados. Se não a conta não bate, porque como que eu vou remunerar se eu não consigo resultado operacional positivo.


 

Desafios do setor de saúde suplementar

HL: Como está atualmente esse índice de sinistralidade?

FP: A nossa sinistralidade está em torno de 80,5%, que é uma sinistralidade controlada. E o nosso indicador máximo é de 82%. Esse indicador, inclusive, está relacionado até com a forma como nós remuneramos os médicos. A gente tem um indicador para bonificar a mais a remuneração, a gente tem atrelado esses grandes resultados também a performance, até para trazer o sócio pra gente, né?

Desse controle que é de todos, né? Isso tudo é o que é o volume de gastos, custos não é pagamentos, então sobra aí um ganho aí de 20, um ganho um pouco menos de 20%. A cada R$ 10 a gente está gastando R$ 8.2 para a gente fosse fazer essa conta aí, né? Se fazer uma conta aqui bem, bem simples, para entender isso, tem que ser mantido.



:: Jornada do Cooperado

HL: Fred, antes de gravar o episódio nós conversamos e você chamou a atenção para um assunto muito delicado que eu tenho perguntado cada vez mais para o CEOs aqui na temporada que é sobre o etarismo. Todo mundo sabe que existe, mas às vezes as pessoas não falam com tanta clareza. Você está fazendo um trabalho grande na Unimed-BH para combater isso e dar voz aos médicos que tem mais experiência que podem acrescentar tanto ao trabalho da cooperativa, não é?

FP: Desde o início da gestão uma grande preocupação nossa é atrair os médicos que queiram agregar ao movimento cooperativista. É importante explicar para eles o que é a Unimed-BH? O que é uma cooperativa médica? O que é o sistema cooperativo como um todo? E aí nós fomos fazendo um breve resumo que há a necessidade de nós construirmos efetivamente uma plataforma de carreira, ou melhor, mostrando uma jornada do cooperado. A jornada traz uma noção de longevidade e por isso que, apesar de termos todo um projeto de aposentadoria, eu tenho tirado esse termo aposentadoria e trazendo para a “ressignificação de carreira.”

É claro que eu me baseei muito na minha trajetória pessoal. Eu gostaria de ser muito transparente aqui e de poder ofertar aos cooperados algumas oportunidades semelhantes às que eu tive. E para isso, a gente começou a construir uma plataforma em que o médico cooperado consiga visualizar a sua jornada dentro da cooperativa.

Os primeiros cinco anos como médico cooperado são os anos mais difíceis para os cooperados, por que tem atividades obrigatórias que precisam ser muito bem acompanhadas e monitoradas. E esses novos cooperados podem ser mentorados por outros médicos sêniores. E por isso, também não só pensar no futuro, não pensar nessas gerações que estão entrando, que vão ser o futuro da cooperativa, mas também aqueles que estão presentes hoje. É preciso mostrar aos cooperados as oportunidades dentro da Cooperativa e outras funções que ele possa ocupar. Existem outras oportunidades seja de liderança, membro do conselho ou que seja somente de um aprimoramento do trabalho médico.

Tem uma frase que eu gosto de usar, que não é minha, mas que eu acho que é muito bacana. Ela se aplica a vida de todos e do médico não é diferente. Então a frase que fala o seguinte: o médico é um eterno estudante, no dia que o estudante morre, o médico morre.

 


 

:: Investimentos na rede assistencial própria

HL: Como esse hospital da Unimed-BH em Contagem muda o atendimento da Unimed nessa região de Contagem e o atendimento regional?

FP: Com o hospital em Contagem, nós ampliamos o acesso não só de quem mora em Contagem, mas também da população que aqui trabalha. Esse hospital em Contagem vai contar com uma estrutura mais moderna e tem um projeto completamente diferente dos anteriores. O hospital contará com práticas sustentáveis e ele vai trabalhar fluxos de atendimento mais ágeis, tanto do ponto de vista das internações, quanto dos atendimentos de pronto-socorro. Então, o que a gente espera é ofertar à população, além de um atendimento de qualidade, um atendimento mais ágil e isso é muito importante do ponto de vista de melhorar a experiência e traz mais resultados. O Hospital se torna mais ágil e também mais viável economicamente.

Uma lição aprendida da recente pandemia que nós vivemos é que ele será um hospital que terá uma capacidade de se reestruturar de acordo com a necessidade, de se readequar rapidamente em situações semelhantes ao que nós vivemos. Não queremos viver mais, mas nós temos que estar preparados para isso. Antecipar esses cenários é muito importante. Hoje ele tem essa flexibilidade exatamente, tem essa flexibilidade. Se você tem uma estrutura que possa se adaptar e com isso também facilitar para que o cliente seja atendido e os processos de assistência médica e assistência à saúde eles sejam mais eficientes nessa estrutura.
 


 

:: Próximos investimentos

HL: Fred, a Unimed-BH vai ter em 2026 cinco hospitais. Tem um plano plurianual no setor de saúde para ter uma expansão, uma capilaridade maior. Já que a Unimed BH está em 34 municípios e em Belo Horizonte, você já tem no escopo, na previsão orçamentária mais um hospital ou não?

FP: Todos os empreendimentos, todos ativos que a Unimed-BH construiu, principalmente do ponto de vista dos ativos hospitalares, eles foram acompanhados também de uma aquisição de área física ao entorno desses empreendimentos. Então, hoje nós temos capacidade de expansão em termos de área física no Hospital da Contorno, no hospital de Betim, mais da estrutura que já existe, temos também na Unidade de Contagem que hoje está se materializando com um novo hospital, temos também no Hospital São Camilo e na Maternidade Grajaú. Então, praticamente todas as unidades nós temos potencial de crescimento.



 

:: Legado

HL: Fred, já terminando nossa conversa, qual que é o legado que você quer deixar para a Unimed? Não é? Você tem aí o mandato, agora é mais alguns anos. E você pode ser reeleito. Eu vejo uma preocupação muito grande, não é com é essa questão da governança. Não somente olhando vários lados da Unimed BH, se mostrar um CEO humanizado. Você disse, eu quebrei o pé, foi andar de bicicleta, quebrei o pé, fui trabalhar com muleta, com gesso e que é um ser humano como outro qualquer, não é? É o que você pensa assim nessa liderança?

FP: Nós cooperados somos os sócios, somos os donos, mas além disso, as cooperativas são um patrimônio da sociedade. Elas são um patrimônio longevo da sociedade e elas entregam efetivamente um serviço para a sociedade. Quando a gente olha todos os princípios cooperativistas, eu gosto muito de citar o sétimo princípio, que é exatamente a preocupação com a com a sociedade. Se eu puder terminar esse mandato, mantendo a Unimed BH como uma referência para os clientes, uma referência de segurança, de proximidade, de empatia, de cuidado real, esse será o meu legado.

Meu legado é mostrar que a Unimed-BH é espaço qualificado para que os profissionais possam exercer sua profissão e que como cooperativa prestamos um bem para a sociedade, que entregamos valor real para as pessoas. Também somos uma empresa que se preocupa com o meio ambiente de forma autêntica e que se preocupa com as pessoas. Também quero ser um exemplo de integridade da austeridade para os nossos filhos, para os novos médicos que vão chegar. Se eu fizer isso já cumpri o meu papel.

 


A entrevista completa pode ser acessada no Portal O Tempo e na TV O Tempo no Youtube.

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