Inclusão é nosso compromisso
“Bom dia! Em que posso ajudar?”. Imagine começar o dia recepcionando um cliente com perda auditiva e que não consegue escutar nem responder a essa saudação.
O técnico de Enfermagem Arthur Dutra, que atua no pronto socorro do HU Betim (foto), já vivenciou experiências parecidas. “Uma delas me marcou muito: um pai com seu filho recém-nascido chegou bem agitado no hospital, preocupado com o bebê e com dificuldade de se comunicar. Demonstrei calma e tentamos interagir com gestos e bilhetes”, conta.
Se essa situação se repetisse hoje, Arthur já conseguiria iniciar uma interação básica com o cliente usando o idioma conhecido em todo o país pelos deficientes auditivos: a Língua Brasileira de Sinais. Arthur é um dos 30 colaboradores das nossas unidades próprias que estão participando da Oficina de Acessibilidade em Líbras e que serão preparados para ser referência no acolhimento aos clientes surdos.
A oficina, que teve início na última semana, está sendo promovida pela Universidade Corporativa e tem como objetivo instrumentalizar os colaboradores para interagirem de foram básica com os clientes com deficiência auditiva. Serão 60 horas de aulas, até o início de 2019, com conteúdo teórico e atividades práticas.
Você sabia que a inclusão do deficiente auditivo no Brasil é recente?
A professora e gestora de Acessibilidade em Líbras, Vanessa de Sousa Machado, conta que o reconhecimento dos deficientes auditivos na legislação brasileira está vigente há 16 anos. “Se considerarmos que em toda a história da humanidade sempre tivemos pessoas com perda auditiva, a Lei 10.436, de 2002, é bem recente e ainda precisa ganhar mais força na sociedade”, explica.