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Fragmentos de histórias e memórias

A proximidade com as famílias e bebês prematuros inspirou a cooperada da pediatria Glaucia Galvão a ir além do trabalho médico. Atuando como tutora estadual do Ministério da Saúde sobre o Método Canguru – que aborda a atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso – Gláucia encontrou na fotografia uma possibilidade de transformar a relação das famílias com o bebê durante a internação.

A fotografia possui uma forte dualidade: ao mesmo tempo que dá visibilidade a um ser, cria propostas para novos seres. Além de mostrar a realidade, as imagens têm capacidade de inspirar pessoas e despertar sentimentos”, acredita. Por meio dos momentos eternizados na imagem, Gláucia busca mudar a relação das mães, e de toda a família, com o recém-nascido.

Segundo a cooperada, os bebês prematuros cuidados prioritariamente pela equipe do hospital e sem muito contato com os pais, têm entre quatro e seis vezes mais chances de abandono, porque as mães não se envolvem no cuidado e não criam conexão com o filho. “O Método Canguru é um trabalho de toda uma equipe da maternidade. A fotografia retrata essa ambiência, sendo um instrumento e não um produto. Afinal, são todos os envolvidos que propiciam o momento que a fotografia captura”, reflete.

Desse modo, o trabalho fotográfico oferece uma forma de dar aos pais o direito de uma nova imagem desse bebê prematuro, num momento de amor e não em uma incubadora, conectado aos sensores. “As imagens podem ser compartilhadas com a família e postadas nas redes sociais, eternizando um momento único de cuidado e amor e não de dor e insegurança”, pontua. “Ela é remédio e não veneno. Ela edita a memória”, completa.

Visibilidade internacional

O projeto fotográfico ganhou o mundo pela primeira vez em 2016 quando Gláucia compartilhou as imagens na International Conference on Kangaroo Mother Care que aconteceu na Itália. “As fotos falam do sentimento e representam um trabalho que independe da língua para ser compreendido. A comissão gostou tanto que decorou todo o salão com as imagens”, conta.

Dois anos depois, em 2018, a conferência aconteceu em Bogotá, berço do Método Canguru e dessa vez Glaucia não conseguiu autorização para expor as fotos. “Decidi então, junto com alguns colegas, escrever um artigo sobre a contribuição da fotografia para o sucesso do Método e conquistamos o primeiro lugar”, comemora.

Mais recentemente a ONG Prematuridade.com, única associação do Brasil a trabalhar com a causa da prematuridade em âmbito nacional, foi convidada a colaborar com a construção do documento Born Too Soon 2023: Decade of action on preterm birth editado pela Organização das Nações Unidas (ONU), Organização Mundial da Saúde (OMS) e Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). A equipe solicitou a Glaucia, que é uma parceira da Ong, as imagens para ilustrar o Método Canguru por meio das suas fotografias. “Foi uma grande surpresa quando vi as fotos publicadas, pois dá visibilidade e reconhece todo um trabalho que realizamos. Estamos contribuindo para reforçar a mensagem em nível mundial, representando o Brasil por meio das fotos”, reforça.

Arte que vai além do trabalho técnico

O trabalho realizado em fotografia pela cooperada da pediatria, Glaucia Galvão foi um dos premiados no Concurso de Artes Plásticas em homenagem ao Dia do Médico de 2022. Relembre aqui. Ela é incentivadora do Instituto Unimed-BH e participa do Grupo Dança a Dois, tendo se apresentado em várias edições do Festival Somos Comunidade.

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