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Fórum de Ideias apresenta resultados da Cooperativa

Cerca de três mil cooperados participaram, nessa terça-feira (21/03), do Fórum de Ideias – Pré-Assembleia Geral Ordinária, que antecipou os itens da pauta que serão debatidos e deliberados na AGO do dia 28 de março.

Foram apresentados os resultados da Unimed-BH referentes ao exercício de 2022, as iniciativas de ESG que contribuem para garantir o desempenho da nossa Cooperativa, o plano de trabalho elaborado com base no nosso Planejamento Estratégico, o balanço patrimonial, bem como as propostas de destinação dos resultados, de aporte à previdência complementar e também a proposta de manutenção dos honorários da diretoria e dos Conselhos.

Durante a abertura, o diretor-presidente da Unimed-BH, Frederico Peret, lembrou que ter um tempo maior para conhecer os temas que serão levados às Assembleias foi uma sugestão dada pelos cooperados que foi acolhida pela gestão por entender que a troca de informações qualifica o debate. “Temos incentivado que cada vez mais médicos cooperados entendam melhor a realidade do negócio e os processos estratégicos da cooperativa. Desta forma, nossas decisões podem ser mais assertivas."

Ele também ressaltou a importância de uma governança robusta, que traga segurança às nossas operações, “pois apesar dos resultados positivos para nossa cooperativa, a Unimed-BH não está imune aos riscos do mercado – principalmente aos custos assistenciais crescentes e à alta sinistralidade”, enfatizou.

Número de exames é 30% maior do que o crescimento da carteira de clientes

Os números da nossa Cooperativa foram apresentados pelo diretor de Gestão Assistencial, Eudes Magalhães, com destaque para as nossas contraprestações efetivas, que atingiram R$ 5,48 bilhões (contra R$ 4,86 bi em 2021), e a evolução da remuneração paga aos cooperados, que passou de R$ 1,36 bilhão em 2021 para R$ 1,51 bilhão em 2022. Contudo, ele chamou a atenção também para o aumento dos custos assistenciais.

O percentual de despesas assistenciais (DM) – que corresponde ao índice de utilização -, em relação às contraprestações fechou em 78,59% graças à reversão da PBRAC; não fosse isso, o percentual teria sido de 80,61%, acima da média projetada. O número de exames é um dos exemplos do aumento das despesas médicas. Foram quase 33 milhões de procedimentos em 2022, uma média de cinco  por consulta, mostrando uma alta de 23% em relação a 2019, ano não influenciado pela pandemia da Covid-19. Esse aumento é 30% maior do que o crescimento da nossa carteira de clientes. “Precisamos administrar esse número”, alertou.

A diretora de Relacionamento com o Cooperado, Mercês Fróes, falou sobre a importância das nossas ações de sustentabilidade para respaldarem o desempenho da Cooperativa. Destacou como a credibilidade das iniciativas em governança corporativa, ambiental e social retorna em forma de reconhecimento, como o selo Pró-Ética e a nota máxima obtida no Índice de Desempenho de Saúde Suplementar (IDSS) por cinco anos.

Cenário econômico e concorrência

A conjuntura econômica do país e o cenário da saúde suplementar foram apresentados pelo diretor de Mercado, Garibalde Mortoza Júnior, com base no Boletim Focus (do Banco Central), de 17 de março de 2023. Para este ano, as projeções mostram um cenário de perda de dinamismo no mercado brasileiro, com baixo crescimento, inflação alta e cenário internacional desfavorável. 

Já a saúde suplementar sofreu o seu ano mais desafiador em 2022, devido à alta da inflação do setor e o aumento da sinistralidade. Os números do terceiro trimestre de 2022 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) apontam perda de R$ 2,4 bilhões no resultado líquido das operadoras de médio e grande porte. O índice de sinistralidade alcançou 94,4% entre as cooperativas médicas e 92,1% entre as seguradoras.

O nosso diretor de Mercado também falou sobre a movimentação da concorrência na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Apesar dos desafios enfrentados no modelo de verticalização, a Hapvida, por exemplo, prevê investimentos de R$ 400 milhões em expansão da rede em aluguel de imóveis para pronto atendimento e construção de unidades de maior complexidade.

Veja as principais dúvidas dos cooperados durante o encontro:

Vimos que o que mais contribuiu para o nosso desempenho foram os resultados não operacionais. Sem esses resultados ficaríamos no prejuízo?

Não. Se de um lado as contribuições das receitas financeiras foram relevantes para o resultado, por outro lado, nas despesas administrativas nós inserimos um valor de distribuição de Fates de R$ 260 milhões por conta do maior aporte à Previdência que realizamos no ano passado. Quando as duas medidas são avaliadas em conjunto, continuamos com um resultado equilibrado.

 

Somos uma cooperativa. Não é mais justo distribuir igualitariamente as sobras?

As sobras precisam seguir a Lei 5.764, que determinam que sejam distribuídas de acordo com a produção faturada ao final do exercício anual.

 

O dinheiro que será aportado na Previdência não poderia ser distribuído como sobras?

É importante esclarecer a diferença entre atos cooperativos e atos não cooperativos.

Atos cooperativos são, em síntese, o resultado do trabalho dos médicos cooperados. É sobre eles que deliberamos nas Assembleias. Eles compõem as sobras, por exemplo.

Atos não cooperativos é tudo o que a cooperativa gera de renda, como aplicação financeira e participação em negócios, por exemplo. Pela lei, os atos não cooperativos têm que ir para o Fates.

O dinheiro aportado na Previdência é recurso proveniente de atos não cooperativos, portanto, não são deliberados diretamente em Assembleia, tendo em vista que, por lei, eles vão, obrigatoriamente, para o Fates. Ao ir para o Fates, eles podem ser utilizados como previdência e sobre este aporte nós deliberamos em Assembleia. Essa é a destinação que está dentro da lei. Uma forma de retornar esse dinheiro ao cooperado é utilizando os recursos do Fates para o nosso fundo de pensão, como temos feito ao longo dos anos.

 

 

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