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Envolvimento dos médicos na mudança do modelo assistencial contribui para bons resultados

 

Encerrando o ciclo de debates durante a reunião do Conselho Social, Luis Pisco, vice-presidente do Conselho Diretivo de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, compartilhou sua experiência na condução da mudança do modelo de atenção à saúde em Portugal.

Com o desafio de mudar a lógica dos serviços gerando mais valor para os beneficiários do sistema e para as equipes que atuam nas unidades assistenciais, Pisco analisou os principais pontos de atenção do antigo modelo, direcionando os esforços da equipe para o desenvolvimento de soluções para os seguintes problemas: dificuldade de acesso da população aos serviços, ineficiência do cuidado prestado, excesso de barreiras burocráticas nos processos e ausência de uma política de incentivos que beneficiasse os profissionais com base em seu desempenho.

Ao apresentar a proposta de trabalho desenvolvida com base nos fundamentos da Atenção Primária à Saúde, Luis Pisco ressaltou que o redesenho do sistema de saúde faz-se necessário pela ineficiência da condução de um modelo fragmentado, que não oferece ao paciente um cuidado efetivo, com visão integral sobre suas necessidades: “O propósito da reforma não é minimizar custos. Nosso objetivo é oferecer o melhor serviço de saúde possível com o que já gastamos atualmente.”, afirmou.

Os resultados obtidos em Portugal já demonstraram que a nova configuração permite um melhor desempenho das equipes de saúde com a entrega de serviços de qualidade à população. A conclusão pode ser validada por meio da análise de qualquer um dos indicadores implementados pelas equipes multidisciplinares que atuam nas pequenas unidades familiares estruturadas para o atendimento de 4 a 14 mil pessoas.

“A população criou uma relação de confiança com nossos profissionais a partir do momento em que percebeu que estávamos próximos, disponíveis e dispostos a oferecer o melhor cuidado.”, reforçou Pisco, que relata ganhos também no clima organizacional após mudança na forma de remuneração das equipes, que passaram a ter seu desempenho analisado e recompensado.

Luis Pisco finalizou sua apresentação compartilhando algumas lições aprendidas e encorajando o público a aproveitar a oportunidade para repensar o modelo assistencial da Unimed-BH: “Não teríamos sucesso sem o envolvimento dos profissionais da saúde, impactados diretamente pelas mudanças. É preciso estabelecer comunicação direta com este público, conquistando sua adesão ao processo. Um bom caminho é apresentar referências internacionais sobre o assunto para convencê-los de que a mudança é necessária para a sustentabilidade dessa cooperativa.”, concluiu.

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