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DNA do cooperativismo

Otimismo. Este é o sentimento que pode ser definido para o olhar de Rita Mundim sobre as perspectivas em termos de mercado a curto e médio prazo no país.

Nossa entrevistada é economista formada pela UFMG, especialista em Mercado de Capitais e mestre em Administração pela Faculdade de Assuntos Administrativos (FEAD). É comentarista de assuntos de Economia na Rádio Itatiaia e colunista das revistas Perfil e Sindloc.

Ela também é autora de duas publicações: Brasil 100 comentários e Mercado Financeiro – uma abordagem prática dos principais produtos e serviços. Rita é cliente Unimed-BH.

Rita Mundim concedeu uma entrevista exclusiva ao Boletim Unimed On-line. Confira:
 

Boletim Unimed (B.U): Nos últimos anos, o cenário de crise política e econômica gerou um sentimento de incerteza e insegurança quanto ao futuro do país. Em termos de mercado, quais as perspectivas para as empresas brasileiras a curto e médio prazo?

Rita Mundim (R. M): Apesar da percepção de melhora na economia ainda não ter sido sentida pela maioria da população em razão da alta taxa de desemprego, a economia brasileira passou e vem passando por uma mudança estrutural. A estabilidade, o controle da inflação e a taxa de juros que está hoje estabilizada em 6,5% ao ano, a Selic, com uma inflação em torno de 4%, vem proporcionando uma queda real da taxa de juros no país, abrindo caminho para o tão esperado crescimento sustentável e com ênfase na produção.

O que estamos assistindo, mesmo que não na velocidade esperada e desejada, pela nossa ansiedade e por tanto tempo de crise, é que o Brasil está saindo de um modelo de país onde todo mundo queria dinheiro, para um país onde é necessário trabalhar para ganhar dinheiro. Em resumo, estamos deixando de ser um país de agiotas para sermos um país de empreendedores, como é toda economia evoluída no planeta. Para isso, precisamos ser competitivos.
 

B.U: O cenário atual pode trazer qual tipo de impacto econômico e social à área da saúde? 


R.M: O cenário atual está muito confuso, mas se a gente olhar estruturalmente para o que está acontecendo, assim como em outras áreas, a saúde será beneficiada. Se houver a resolução do problema fiscal, um dos maiores problemas do país, vai haver dinheiro para investimento em infraestrutura para o cidadão em termos de saneamento básico, saúde etc. Então, eu acho que no médio prazo a área da saúde será muito beneficiada se houver essa resolução do problema fiscal.
 

B.U: Apesar dos altos índices recentes de desemprego no país, a Unimed-BH vem apresentando bons resultados nos últimos anos. Como mantê-los priorizando uma política sustentável?


R.M: Primeiramente, eu gostaria de parabenizar a sustentabilidade que vem sendo praticada pela Unimed-BH. Com isso, a Cooperativa tem se destacado não só em nível local, mas também em nível nacional e internacional como um exemplo de gestão. Para seguir com os bons resultados, ela deve continuar cultivando as boas práticas de gestão, especialmente as práticas de Governança Cooperativa.

Estamos no Século XXI e a economia compartilhada vem demonstrando na prática que é uma opção alternativa ao capitalismo, que às vezes não se mostra sustentável. Já o intercooperativismo tem a vantagem do “ganha, ganha”, no qual o cooperado sempre participa da gestão de sua Cooperativa. Então, eu acho que a Unimed-BH tem esse privilégio no DNA, por ter nascido uma cooperativa e incorporado boas práticas de governança à gestão. Essa é a receita, que deixam felizes tanto os cooperados quanto os usuários.
 

B.UDe modo geral, as empresas que estão conseguindo driblar os desafios econômicos atuais e se manter sustentáveis têm uma estratégia de gestão bem definida e compartilhada com o público interno e também externo. Como você vê a Unimed-BH, como cooperativa médica, neste contexto?
 

R.M: A manutenção da sustentabilidade, reforço, está ligada à boa prática dos princípios de governança cooperativa. O cooperativismo já nasce com os princípios de governança em seu DNA, principalmente, no que diz respeito à responsabilidade social em fazer o bem para a comunidade na qual ela está inserida e respeitando o meio ambiente. A gestão da Unimed-BH vem sendo premiada e reconhecida por colocar em prática os valores cooperativistas no seu dia a dia, processos revisados e vencedores. Como essa estratégia é bem definida e compartilhada de forma transparente, acredito que ela não tem que ser revertida, pelo contrário: ela só tem que ser aprimorada. Sou usuária e, desde que entrei, tenho um alto grau de satisfação com a Unimed-BH.


B.U: O surgimento de novas tecnologias tem provocado transformações na relação médico-paciente e nas formas de atuação profissional. No âmbito econômico, o que os profissionais da saúde podem esperar do futuro da medicina e como devem se preparar para os desafios que estão por vir?
 

R.M: A tecnologia chegou para entrar em nossa vida em todos os sentidos. Nos últimos anos, a gente tem visto uma evolução na medicina pela prática cada vez maior dos exames de imagem e, agora, pelo atendimento virtual. Como a Unimed-BH sempre se destacou pela capacidade de entender as mudanças no ambiente médico e nas relações médico-paciente, eu acho que teremos uma evolução nesse sentido, mas uma evolução onde a tecnologia irá favorecer a conexão entre médico e paciente.

Como consequência, teremos talvez uma diminuição nos custos dessa relação, pela escala, que é o que a tecnologia permite. Que essa evolução seja compartilhada com os usuários, no sentido de termos, cada vez mais, serviços de melhor qualidade a um custo compatível com a realidade brasileira. Eu desejo boa sorte aos pesquisadores da Unimed-BH nessa empreitada em trazer para o cooperado e para o usuário os benefícios da tecnologia, e que as duas partes se beneficiem com essas evoluções tecnológicas que já estão aí. O desafio é conciliar a tecnologia com as expectativas, tanto do médico quanto do paciente.

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