Cuidado que faz a diferença
Estudo realizado pela Imperial College, universidade londrina de excelência mundial na produção científica, destacou Belo Horizonte como a capital com menor mortalidade entre pacientes internados com a Covid-19
Cerca de 329 mil vidas perdidas pela COVID-19 poderiam ter sido salvas no Brasil caso a pandemia da COVID-19 tivesse sido conduzida nacionalmente da mesma forma como foi em Belo Horizonte. Essa é a conclusão de um estudo da Imperial College, universidade londrina de excelência mundial na produção científica.
Os dados foram calculados tendo como referência a sobrevivência hospitalar ao vírus na capital mineira. De acordo com o trabalho científico, entre as 14 capitais brasileiras estudadas, Belo Horizonte é a que teve o menor percentual de mortes, com 7.842 (18%) óbitos entre os 43.763 pacientes internados.
Mortalidade hospitalar da COVID-19 nas capitais brasileiras (foto: Imperial College). O estudo abrange o período compreendido entre 20 de janeiro de 2020 e 26 de julho de 2021.
Para a Unimed-BH, a conclusão do estudo reforça a importância da atuação conjunta entre poder público e privado na oferta da melhor assistência à saúde. “Durante toda pandemia da Covid-19, estivemos lado a lado da Prefeitura de Belo Horizonte, atuando em conjunto para oferecer aos clientes da Cooperativa e à população em geral a melhor assistência em saúde. Fomos pioneiros em Belo Horizonte e região metropolitana no lançamento da Consulta On-line Coronavírus com o objetivo de diminuir a circulação das pessoas e o risco de contágio do novo Coronavírus. Esse mesmo sistema foi cedido à Prefeitura da capital para o atendimento aos usuários do SUS”, disse o diretor-presidente da Unimed-BH, Samuel Flam.
Segundo Samuel, a Cooperativa sempre se manteve comprometida em implementar ações diversas de maneira ágil, de forma a atender a crescente demanda durante todo o período de pandemia, assegurando o cuidado integral aos clientes. “Garantir a saúde e a segurança dos clientes e das equipes assistenciais foi um compromisso ainda maior da Cooperativa neste período de pandemia. Para isso, uma série de iniciativas foram adotadas, entre elas, a ampliação do número de leitos na rede, contratação de profissionais para as unidades de atendimento, implantação de novos serviços, como pronto-atendimento, serviço de telemonitoramento, entre outros”, disse.
“Receber a conclusão desse estudo, feito por uma instituição de excelência mundial na produção científica que é o caso da Imperial College, demonstra a importância da atuação conjunta entre poder público e privado, especialmente diante do cenário complexo que vivenciamos com a pandemia. Para nós da Unimed-BH, é um orgulho ter contribuído com esse resultado importante para todos nós mineiros.” Samuel Flam, diretor-presidente da Unimed-BH
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Saiba mais sobre o trabalho
O estudo realizado pela Imperial College é intitulado "Fatores que conduzem a grandes flutuações espaciais e temporais nas taxas de letalidade da COVID-19 em hospitais brasileiros" e é assinado por especialistas ligados a instituições brasileiras, inglesas, norte-americanas, espanholas, belgas e dinamarquesas.
De acordo com o estudo, aproximadamente um terço das mortes em hospitais brasileiros, atribuíveis à COVID-19, poderiam ter sido evitadas se a pressão da saúde não tivesse taxas de mortalidade tão exacerbadas.
O desempenho total das capitais estudadas é 10 pontos percentuais pior que o belo-horizontino, com 135.714 (28%) mortes entre 480.157 pacientes estudados. Outro fator de destaque, ajustado pelas idades, é o dos impactos em semanas com maior e menor intensidade de fatalidades pela COVID-19.
BH registrou um índice de óbitos de 7,7% dos internados nas semanas menos intensas e 12,2% nas mais críticas. O Rio de Janeiro teve a pior semana menos intensa, com 20,1% mortes e Macapá registrou a mais crítica, com 41,7%.