Coronavírus: O que você precisa saber sobre a nova infecção
O que são coronavírus?
Os coronavírus (CoV) compõem uma grande família de vírus, conhecidos desde meados da década de 1960, que receberam esse nome devido às espículas na sua superfície, que lembram uma coroa (do latim corona). Podem causar desde um resfriado comum até síndromes respiratórias graves, como a síndrome respiratória aguda grave (SARS, do inglês Severe Acute Respiratory Syndrome) e a síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS, do inglês Middle East Respiratory Syndrome). Os vírus foram denominados SARS-CoV e MERS-CoV, respectivamente.
O que é este novo coronavírus?
Trata-se de uma nova variante do coronavírus, denominada 2019-nCoV, até então não identificada, isolada na China em 07/01/2020. O novo coronavírus foi identificado em investigação epidemiológica e laboratorial, após a notificação de uma série de casos de pneumonia de causa desconhecida a partir de 31/12/2019, diagnosticados inicialmente na cidade chinesa de Wuhan, capital da província de Hubei. Este é o sétimo coronavírus conhecido capaz de infectar humanos, incluindo o SARS-CoV e MERS-CoV.
Somente na China, por enquanto, relata-se transmissão sustentada do vírus de pessoa a pessoa. Até a publicação deste documento, o Brasil não tem casos confirmados da doença.
Qual é a definição de caso suspeito?
Há três possibilidades para a definição um caso suspeito do novo coronavírus, conforme estabelecido pelo Ministério da Saúde do Brasil:
• Situação 1: Febre E pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais, entre outros) E histórico de viagem para área com transmissão local, de acordo com a OMS, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas; OU
• Situação 2: Febre E pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais, entre outros) E histórico de contato próximo de caso suspeito para o coronavírus nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas; OU
• Situação 3: Febre OU pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais, entre outros) E contato próximo de caso confirmado de coronavírus em laboratório, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas.
OBSERVAÇÕES:
a) Febre pode não estar presente em alguns casos como, por exemplo, em pacientes jovens, idosos, pessoas com baixa imunidade ou que em algumas situações possam ter utilizado medicamento antitérmico. Nestas situações, a avaliação clínica deve ser levada em consideração e a decisão deve ser registrada na ficha de notificação.
b) Contato próximo é definido como: estar a aproximadamente dois metros de um paciente com suspeita de caso por novo coronavírus, dentro da mesma sala ou área de atendimento, por um período prolongado, sem uso de equipamento de proteção individual (EPI). O contato próximo pode incluir: cuidar, morar, visitar ou compartilhar uma área ou sala de espera de assistência médica ou, ainda, nos casos de contato direto com fluidos corporais, enquanto não estiver usando o EPI recomendado.
Qual é a orientação diante da detecção de um caso suspeito?
Os casos suspeitos devem ser mantidos em isolamento enquanto houver sinais e sintomas clínicos. Paciente deve utilizar máscara cirúrgica a partir do momento da suspeita e ser mantido preferencialmente em quarto privativo.
Qualquer pessoa que entrar no quarto de isolamento, ou entrar em contato com o caso suspeito, deve utilizar equipamentos de proteção individual (preferencial máscara N95, nas exposições por um tempo mais prolongado e procedimentos que gerem aerolização; eventualmente máscara cirúrgica em exposições eventuais de baixo risco; protetor ocular ou protetor de face; luvas; capote/avental).
Além disto, todo caso que se enquadre na definição de caso suspeito deve ser notificado imediatamente ao CIEVS-BH para os casos de Belo Horizonte, e ao CIEVS Minas para as demais cidades do Estado de Minas. As informações devem ser inseridas na ficha de notificação em meio eletrônico (https://bit.ly/2019-ncov).
Se porventura outras pessoas presentes no Serviço de Saúde tiverem sido expostas por tempo prolongado ao caso suspeito de infecção pelo Coronavírus, é importante comunicar ao CIEVS para que avalie as medidas necessárias frentes aos expostos.
Existe um tratamento para o novo coronavírus?
Não há um medicamento específico. Indica-se repouso e ingestão de líquidos, além de medidas para aliviar os sintomas, como analgésicos e antitérmicos. Nos casos de maior gravidade com pneumonia e insuficiência respiratória, suplemento de oxigênio e mesmo ventilação mecânica podem ser necessários.
Telefones CIEVS-BH:
(31) 3277-7767/7768
Plantão: 98835-3120
Telefones CIEVS Minas:
Telefones: (31) 3916-0442/0777/0340
Plantão: (31) 99744-6983
FONTES:
SBI. Informe da Sociedade Brasileira de Infectologia sobre o novo Coronavírus – perguntas e respostas para profissionais da saúde e para o público em geral. (Atualizado em 29/01/2020).
Disponível: https://drive.google.com/file/d/1alqe7VUWgUOyrS8kwvmKL7OCDuvJsXcx/view
BRASIL. Ministério da Saúde. Infecção Humana pelo Novo Coronavírus (2019-nCoV). Boletim Epidemiológico 01. Brasília, jan./2020.
Disponível: https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2020/janeiro/28/Boletim-epidemiologico-SVS-28jan20.pdf