Cooperado conta sobre saúde do esportista e sua atuação no Sada Cruzeiro
A rotina de um departamento médico de um clube de alto rendimento como o Sada Cruzeiro é intenso, e as palavras que guiam a atuação de todos os profissionais responsáveis pela saúde dos atletas são: integração e prevenção.
A frente do departamento médico do clube, o médico ortopedista cooperado, Sergio Augusto Campolina, conta que os núcleos de medicina, fisioterapia, preparação física e nutrição, atuam integrados com divisão de responsabilidades, objetivando a preservação da saúde dos atletas. “Esse é o principal foco de trabalho, que começa a ser construído desde a pré-temporada, onde fazemos periodicamente as avaliações pré-participativas fundamentais para a segurança do atleta, bem como o acompanhamento na estrutura do clube.”
Esse acompanhamento é realizado diariamente com o objetivo de garantir a integridade dos atletas, mesmo em uma temporada com um alto número de jogos. O médico conta que, assim, os jogadores estão sempre disponíveis para participar das partidas.
“A gente tenta usar o nosso tempo ao máximo nas medidas de controle de sintomas. Com isso, conseguimos que o clube sempre chegue nas fases finais, nos jogos considerados mais importantes, com o treinador tendo a disposição todos os atletas do elenco. Só conseguimos isso por meio da manutenção de saúde. Então o acompanhamento do departamento médico se faz muito importante”, explica Sérgio Campolina.
Esportistas do dia a dia
Cada vez mais pessoas praticam esportes em busca de uma vida saudável e um maior cuidado com a saúde. Mesmo os atletas ocasionais precisam e têm buscado cuidados preventivos para a prática esportiva.
Segundo o médico, já está em curso uma mudança de pensamento por parte desses esportistas, que antes buscavam ajuda médica para tratar lesões adquiridas, e, atualmente, a procura é pela prevenção.
“O atleta tem a consciência de que precisa de todo o cuidado para ter resultado. O nosso esportista, muitas vezes, não consegue por questões óbvias de trabalho e família gastar o tempo necessário com a própria saúde, mas está acontecendo um movimento e mais gente busca a prevenção para a prática esportiva.”
Evolução dos cuidados
De acordo com o ortopedista, por muito tempo foi divulgado que o atleta profissional – e mesmo o amador que busca alto rendimento – não tinha uma vida saudável devido a necessidade de abrir mãos de muitas coisas para alcançar os objetivos. No entanto, esse pensamento tem sido modificado ao longo dos anos, graças a medicina preventiva aplicada ao esporte.
“Muitos consideram que a busca por resultado não é saudável, que o atleta de alto rendimento não tem uma vida saudável. Mas isso é um erro, é possível, sim, ter as duas coisas. Não é fácil a vida do esportista, mas, ao mesmo tempo, mudou-se muito essa questão. Hoje, quando o atleta termina a sua carreira, ele mantém a saúde em bom estado, diferente de atletas com muitas sequelas, principalmente do ponto de vista ortopédico, que víamos há alguns anos”, finaliza Sergio Campolina.