Cardiologista Sônia Francisca de Souza na Academia Mineira de Medicina

A colega da cardiologia Sônia Francisca de Souza é a nova titular da Cadeira 58 da Academia Mineira de Medicina. A posse ocorreu no dia 14 de julho, no Centro de Convenções da Associação Médica de Minas Gerais.

Na foto do centro, Sônia recebe o certificado do Dr. José Carlos Serufo, Dra. Eliane Souza (ex-cooperada),
e do filho Vinícius Augusto Martins.

Sônia assumiu a cadeira antes ocupada pelo colega da oftalmologia, Christiano Fausto Barsante Santos (que se aposentou em 2017) e foi saudada por outro colega, Manoel Otávio da Costa Rocha, da infectologia. A Cadeira 58 tem como patrono o médico Olynto Orsini de Castro, que foi Capitão Médico da Força Pública de Minas Gerais de 1931 a1947, quando se exonerou como Major Médico.

A cardiologista é a terceira ocupante da cadeira. Cooperada da Unimed-BH há 25 anos, Sônia é formada pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, mestre e doutora em Ciências da Saúde pela mesma instituição. Com 31 anos de profissão, atualmente, atende no CPS Santa Efigênia e em consultório próprio.
 

Indicação e representatividade feminina

A médica cooperada é também coronel da Polícia Militar de Minas Gerais, e como tal, é a primeira mulher militar a ocupar uma cadeira na Academia, sendo a 19ª mulher a se tornar uma “imortal” da Academia Mineira de Medicina.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Sônia foi indicada pelo Acadêmico Professor Manoel Otávio da Costa Rocha, teve seu descritivo profissional e acadêmico aprovado pela Diretoria Científica e foi eleita pelos acadêmicos titulares. Ela acredita que sua trajetória conciliando pesquisa e serviço público, além da experiência em gestão, contribuiu para a indicação.

Com 25 anos na corporação, ela exerce atividades de assistência, docência e de gestão.  Na reserva como coronel médica desde fevereiro de 2023, mantém suas atividades acadêmicas no Centro de Pesquisa e Pós-Graduação, como membro efetivo da Comissão de Ética em Pesquisa da PMMG, como Coordenadora do Curso de Pós-Graduação em Gestão Estratégica em Saúde e como Docente do Mestrado profissional em Ciências Policiais e Tecnologias Inovadoras, uma parceria da Unimontes com a Polícia Militar, além de integrar o corpo editorial da Revista Saúde Militar.

“Encaro esse momento como um continuum de estar sempre buscando crescer, mas também como um novo desafio, que é o de colocar a minha experiência para continuar servindo e poder, de fato, ser uma referência na área, o que aumenta ainda mais a minha responsabilidade. É um legado que deixo para minha família, alunos e pacientes. É também algo muito representativo para a universo feminino, em que a mulher demonstra sua capacidade profissional”.
 

Formação médica, tecnologia e acolhimento

Sônia diz que uma das preocupações da Academia Mineira de Medicina gira em torno da formação dos médicos e da manutenção do compromisso social e intelectual  dos profissionais que chegam ao mercado. Para ela, a incorporação da tecnologia é uma realidade, mas deve ser vista como uma ferramenta, não como um fim. Ela avalia que a nova geração é muito imediatista, e é preciso resgatar os valores do compromisso social do médico, como acolhimento, cuidado e ética.

“O que percebo na prática diária no CPS, por exemplo, é que o usuário está buscando acolhimento. O médico precisa olhar, saber ouvir, receber com cordialidade. A pessoa não te procura sem um motivo. A tecnologia pode ajudar em muitos processos, mas o fim sempre é o acolhimento ao paciente. Não podemos perder esse norte”.
 

Sobre a Academia Mineira de Medicina

A Academia Mineira de Medicina é uma entidade médica e foi reconhecida como de Utilidade Pública em 1973, nos âmbitos federal, estadual e municipal. É composta de cem cadeiras e os acadêmicos são eleitos com extremo rigor ético e científico.

A insígnia da Academia

No interior de um triângulo equilátero está a figura de Hipócrates, considerado o Pai da Medicina. Ladeando essa figura, há as seguintes inscrições, em latim: Morbus arcere (afastar ou evitar doença); Aegrotus sanare (curar o doente); e Dolores lenire (aliviar a dor). Tais inscrições refletem condições básicas para o bom exercício da Medicina.

 

A Academia tem como finalidades:

– contribuir para o desenvolvimento e o progresso da profissão e ensino médico;
– apresentar sugestões, solicitar providências e colaborar com as autoridades oficiais competentes, em benefício da Cultura, da Saúde e do Ensino Médico;
– responder consultas das autoridades constituídas;
– homenagear, em Sessão Solene, vultos ou fatos que se destacaram na história da medicina mineira.