Quando a arte imita a vida
Um casamento vigiado por um gato na borda superior do porta-retrato, um bom dia à amiga dona de casa, uma mulher solitária bebendo vinho tinto em uma mesa amparada por músicos clássicos. Palhaços de circo, fotos de família e mais gatos siameses. Essas são pinturas assinadas pela médica cooperada há 30 anos, Hilma Nogueira da Gama, que expôs nas galerias da Associação Médica de Minas Gerais, em 2008, e da Copasa, em 2013. |
Hilma conta que os quadros, alguns deles a decorarem seu consultório, representam um diário contendo os fatos alegres e tristes da sua vida. “A pintura distrai, alegra, relaxa, desenvolve habilidades e uma visão minuciosa de detalhes. A coloproctologia é uma especialidade cirúrgica e isso me ajudou no exercício da profissão”, relaciona.
Ela começou a pintar aos 12 anos e aprendeu também a fazer pequenas esculturas, além de tapeçaria, tricô e bordado. Aos 18, entrou para o 2º semestre da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora, onde o pai e o avô eram médicos. Aproveitando esse intervalo até o início das aulas, a futura coloproctologista inscreveu-se no curso de pintura de uma importante escola de arte, conhecida como Parque Lage, no Rio de Janeiro. A casa da madrinha, com quem morou, ficava ao lado do parque.
A Faculdade, os plantões e a residência médica fizeram com que Hilma se distanciasse da pintura por vários anos. “Meus filhos me estimularam a voltar a pintar, então voltei e não parei mais”, revela. Ela diz que achar algumas horas para se dedicar aos quadros é tarefa árdua, mas aproveita os finais de semana quando está de folga, sem pacientes internados que requerem sua atenção. “Consegui associar arte e cirurgia, e me sinto realizada”, conclui.
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