Poema de autoria do cooperado emérito Gilberto Ferreira Braga
Flores do frio
Como pode
no inverno
de frio cortante
o ipê pelado
sem folha sequer
florir o cerrado
de roxo, amarelo e branco
pra namorar a aroeira
também pelada
só enfeitada
de solitária orquídea
que em seu galho descansa
quase dormida
toda bonita
sobrevive do orvalho
enche de vida
a grama seca e rasteira
eterna moldura
que pouco teria
além das pisadas
dos que passam encantados
olhando só flores
não a reparam marrom
queimada de sol
retorcida de frio
agradecida de estar
toda enfeitada
do amarelo, roxo e branco
das flores caídas.