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A Unimed-BH que queremos

No dia 28 de outubro, a revista Exame trouxe uma entrevista com o presidente da AB InBev, Carlos Brito, em que ele conta um pouco das escolhas de gestão da empresa e a forma como ele conduz o negócio. Nesse texto, ele nos conta sobre a “cultura do dono”, perspectiva por meio da qual o executivo envolve seus funcionários em prol de um objetivo comum: as metas da empresa. Segundo ele, “quem não pensa como dono vai continuar pensando nele em primeiro lugar e na empresa em algum momento. O dono pensa na empresa em primeiro lugar (…) porque ele sabe que, se tudo isso andar, ele anda junto. Esse espírito de dono já está lá e precede qualquer benefício.”

Começamos esse texto com essa citação de Carlos Brito por um motivo específico. Na última quarta-feira, realizamos a 10ª edição do nosso Encontro de Cooperados. O evento foi prestigiado por mais de 2,2 mil médicos cooperados, que acompanharam as diversas discussões pautadas para o dia: indicadores assistenciais, cenário econômico e político brasileiro e inovação, liderança e ética nas escolhas cotidianas. Todos esses temas têm como linha condutora os destinos de nossa Cooperativa e nossa condução como donos.

Na ocasião, apresentamos aos colegas a estratégia da Unimed-BH de acompanhamento da qualidade assistencial por meio do GUIA – Gestão Unimed-BH de Indicadores Assistenciais. Acreditamos nesse projeto como mais uma oportunidade de participação dos cooperados na direção do negócio, ou seja, de atuação como protagonistas, como donos desta Cooperativa. Quando temos diante de nós informações sobre nossa prática médica, temos condições de atuar individualmente, sabendo que nossas escolhas particulares têm impacto coletivo.

Foi com alegria que pudemos ver essa nossa iniciativa valorizada pelo sócio, consultor e gerente de projetos da Falconi Consultores de Resultado, Luiz Nogueira, e pela diretora-adjunta de Desenvolvimento Setorial da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Michelle Mello. Eles participaram do primeiro painel do evento sobre indicadores assistenciais e reforçaram a importância de pautar a oferta de serviços em saúde por instrumentos de aferição da qualidade e de como isso pode fazer a diferença no negócio.

Por isso é que, nesse contexto de crise, receber o jornalista e apresentador da Rede Globo, William Waack, foi muito importante. Ele traçou um panorama do atual cenário de instabilidade política e econômica, esclarecendo sobre a necessidade de olharmos para essa crise com cuidado e crítica. Isso significa que podemos aproveitar este momento para remodelar nossas práticas e inovar em um mercado cada vez mais aberto a isso. E inovação é exatamente a proposta do GUIA.

Esse tema também foi discutido no bate-papo com a filósofa Viviane Mosé e o cientista da informação Silvio Meira. Vimos que a tecnologia desconstruiu nossa perspectiva de pensamento linear e nos trouxe o desafio do pensamento em rede, que impacta diretamente nossa atuação como médicos. Principalmente quando nos vemos diante de uma série de novidades que podem mudar os rumos do cuidado no futuro. Silvio Meira, inclusive, trouxe para nós, cooperados, uma importante provocação. Que tipo de cooperativa médica queremos ser? Aquela que atua em uma perspectiva reduzida, voltada para as soluções imediatas, ou aquela se projeta rumo ao futuro, antecipando tendências e inovando? Pensar nessas questões implica necessariamente em pensar nossa atuação conjunta como donos da nossa Unimed-BH. O protagonismo é nosso. E nossa cooperativa é resultado das nossas escolhas.

 

Samuel, José Augusto, Múcio, Luiz Fernando e Paulo.

AVISO

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