“Eu não nasci campeão!”
História de superação de Claudinei Quirino inspirou cooperados que participaram do
Unimed-BH Convida na noite de ontem, 21/9.
Por trás de uma carreira coroada por mais de 600 títulos no atletismo, Claudinei Quirino guarda lembranças de uma vida difícil no orfanato. Após perder a mãe aos 2 anos de idade, o atleta foi separado dos irmãos e encaminhado a um abrigo no interior de São Paulo, onde viveu até os 17 anos.
“Da noite para o dia perdi minha mãe e a minha família. Eu perdi a minha vida. Meus irmãos foram morar com familiares e eu fui levado para um orfanato, onde aprendi que para conquistar meu espaço precisava bater em alguém. Foi uma 'estadia no inferno', contou.
Claudinei compartilhou sua história com os cooperados que participaram do Unimed-BH Convida realizado na noite de ontem, dia 21, no Espaço de Eventos Unimed-BH. Em um bate-papo sobre a carreira e suas conquistas, ele relatou que uma oportunidade mudou o curso de sua vida. “Em uma palestra no orfanato, um padre missionário me perguntou o que eu queria ser, e eu respondi que seria um bandido. Depois disso, ele me chamou pra conversar e me convidou para ser coroinha. Essa foi a primeira oportunidade que tive. O trabalho com o padre me fez perceber que existiam muitas outras possibilidades na vida”, lembrou.
O início dos treinos aconteceu de forma inusitada, aos 17 anos. Claudinei trabalhava em uma lanchonete quando conheceu um homem que praticava atletismo e se interessou pelo esporte: “Perguntei se eu também poderia correr. Ele me indicou um local de treinos e, após alguns testes, comecei a praticar. O pessoal dizia que eu era bom” destacou.
Apesar do início tardio no esporte, a primeira medalha foi conquistada após 4 anos de trabalho. A partir daí, vieram mais de 600 novos títulos e a realização de um grande sonho de infância: “Minha maior vitória é ter uma família. Lembro que via as crianças se despedindo de seus pais na porta da escola e tinha o desejo de viver aquela realidade. Eu não sabia abraçar, mas sentia falta daquele carinho”, relatou.
“Não sei se sou um vencedor, mas tenho certeza de que estou no caminho certo para a minha vitória pessoal. O mais importante é ser campeão como ser humano. É ter persistência para superar as dificuldades sem perder o foco, fazendo o melhor a cada dia”, completou.
A história de superação pelo olhar de nossos cooperados
"Saio daqui com o sentimento de vitória. É bom ver uma pessoa saindo de uma situação de tanta dificuldade e se superando. Em um cenário em que a mídia está voltada para o mal, para vangloriar tragédias e tristezas, é preciso ouvir mais pessoas boas, que realizam o bem. Esses exemplos acontecem todos os dias no país e a gente quase não vê. Não precisamos ganhar medalhas para ser ótimos no que fazemos, temos que destacar histórias de quem faz o bem".
Helena Fraga
"Em uma entrevista, Andy Garcia disse que não devemos retroceder nem para pegar impulso. O Claudinei é um exemplo disso. Saber que um atleta olímpico teve uma trajetória tão difícil, mas com perseverança conquistou tantas vitórias, transmite motivação também a todos nós".
Breno Teixeira Lino
E você? Também gosta de corrida ou se inspirou na história do Claudinei? Clique aqui e saiba mais sobre o Movimento Vem Correr – iniciativa da Unimed-BH para estímulo à prática da corrida.