Reunião do Conselho Social discute estratégias do Sistema Unimed contra a concorrência
As estratégias de contra-ataque previstas pelo Sistema Unimed diante do avanço da concorrência e a ética em relação a fatos que têm sido divulgados sobre as posturas de algumas empresas frente à pandemia foram a pauta da reunião do Conselho Social, realizada na última quarta-feira, 6. O evento teve o formato virtual e contou com a presença de 139 participantes.
Em sua fala de abertura, o diretor-presidente, Samuel Flam, destacou a importância de fazer parte do Sistema Unimed. “Fazemos parte da maior iniciativa cooperativista no ramo de saúde do mundo e isso nos traz algumas vantagens competitivas como, por exemplo, a ampla rede de atendimento em todo o país. Nos últimos meses, o Sistema Unimed vem estruturando projetos que têm como objetivo fortalecer ainda mais as cooperativas nesse contexto de concorrência acirrada. Principalmente cooperativas menores, menos capitalizadas, com baixa capacidade de investimento e, algumas delas, até mesmo insolventes. Unimeds cuja realidade é muito distinta da nossa”, explicou.
Ele também destacou os diferenciais da Unimed-BH e as iniciativas que estamos adotando no enfrentamento da concorrência. “Estamos atuando focados em uma reação estratégica e assertiva, voltados sempre para a confiança e a qualidade, que são a marca do nosso jeito de ser e agir. Somos uma singular sólida e sustentável. Isso significa dizer que temos gestão independente e estratégias que se demonstram bem-sucedidas”, ressaltou Samuel Flam.
Saúde Suplementar
O diretor de Serviços Próprios, Múcio Diniz, contextualizou o mercado da Saúde Suplementar e o Sistema Unimed, que está presente em 86% do território nacional e detém a maior participação de mercado entre as operadoras: 37,9%. Se considerarmos os concorrentes Notredame Intermédica e Hapvida, juntos eles concentram 11,5% do mercado nacional. “As operadoras com modelos verticalizados têm um sistema diferente de valorização do trabalho médico, com contratação assalariada", afirmou.
Múcio Diniz aproveitou a oportunidade para apresentar aos membros do Conselho Social duas movimentações recentes da Unimed-BH para o enfrentamento da concorrência. A primeira delas foi o acordo firmado pela Cooperativa, que passou a deter 15% do Hospital Vila da Serra. “Essa parceria tem como objetivo preservar nossa rede de atendimento aos clientes e não envolveu recursos financeiros.”
O segundo movimento foi o anúncio da destinação dos recursos aportados no Fundo de Competividade Comercial. “O Conselho de Administração aprovou a construção de um novo hospital em Contagem, com capacidade para 360 leitos, sendo 170 já na primeira fase de implantação. A obra será no terreno onde fica o estacionamento da nossa unidade na cidade e o objetivo é garantir assistência aos nossos cerca de 250 mil clientes da região”, reforçou.
Contra-ataque do Sistema Unimed
As discussões sobre as estratégias do Sistema Unimed tiveram como norte o conteúdo de uma matéria publicada no jornal Valor Econômico no dia 8 de setembro e de um artigo assinado por Antônio Britto, diretor da Associação Nacional dos Hospitais Privados (Anahp), veiculado na Folha de S. Paulo, no dia 3 de outubro.
:: Saúde se escreve com “e” de ética, Antônio Britto – Folha de S. Paulo
Em sua apresentação, o diretor Administrativo-financeiro, Eudes Magalhães, abordou três subtemas relacionados ao assunto e que também foram discutidos pelos membros do Conselho Social nos grupos de trabalho: governança, fundo imobiliário e inovação e novos serviços.
A reportagem do Valor Econômico trouxe uma reflexão sobre o processo de governança das cooperativas e posiciona a Unimed-BH como um bom exemplo. Um dos projetos do Sistema Unimed relatados pelo jornal seria a criação de um Fundo Imobiliário, que poderia ser utilizado para capitalizar as cooperativas com dificuldades financeiras. Outra iniciativa seria a criação de uma fintech e uma corretora digital para que os clientes pudessem contratar planos de saúde diretamente da Unimed. Eudes Magalhães explicou que a Unimed-BH conta com um modelo híbrido de comercialização, com equipe própria e corretoras, e que temos uma das menores taxa de comercialização entre as concorrentes. “Com esse modelo, enquanto o mercado registra despesas com a venda de planos entre 4% e 10%, nossa taxa é de 1%. Além disso, a Unimed-BH não abre mão do relacionamento com seus clientes e esse é um grande diferencial nosso.”
Ética nas Relações
O diretor de Provimento de Saúde, José Augusto Ferreira, trouxe uma reflexão a partir do artigo assinado por Antônio Britto, da Anahp, com o título Saúde se escreve com “e” de ética. Ele trouxe alguns exemplos de operadoras que estão vivendo crise de imagem e reputação neste momento em razão de sua atuação na pandemia e contrapôs com o fato de a Unimed-BH ter sempre a premissa de “fazer o que é certo, não o que é fácil”. “Mais do que tijolos, temos um patrimônio ético e reputacional construído ao longo do tempo. Tanto que conquistamos, por duas avaliações seguidas, o selo Empresa Pró-Ética, da Controladoria Geral da União (CGU).”
O tema também foi pauta das discussões dos grupos de trabalho.