Crescimento da concorrência e novos modelos assistenciais

Conheça um pouco sobre como o mercado de saúde suplementar tem se comportado e os desafios que estão surgindo em nossa região

Há pouco mais de uma semana, a Hapvida, operadora de planos de saúde originária do Nordeste brasileiro, anunciou a compra da Promed, uma das concorrentes da Unimed-BH em Belo Horizonte. Com isso, o grupo dá sequência a um arrojado plano de expansão e amplia sua atuação na região Sudeste, que concentra a maior parte dos usuários da saúde suplementar no país. Como empresa de capital aberto, o anúncio da aquisição fez com que as ações da operadora se valorizassem.

“A concorrência é saudável, especialmente neste momento em que enfrentamos uma pandemia e o cuidado com a saúde se tornou um valor importante para as pessoas. Precisamos, agora, reforçar ainda mais nossos diferenciais competitivos pautados na qualidade da assistência aos clientes, no acesso a uma ampla rede de serviços e na integralidade do cuidado”, explica Samuel Flam, diretor-presidente da Unimed-BH.

Mercado dinâmico

A expansão da Hapvida é apenas um exemplo do que vem acontecendo na saúde suplementar. Nos últimos meses, o mercado tem experimentado um dinamismo crescente, impulsionado por diversos fatores como o desenvolvimento tecnológico e a pandemia do novo coronavírus. Todos os dias, surgem novos modelos e novas concorrências, de modo que precisamos estar sempre atentos ao cenário para adotar medidas que assegurem nossa solidez e a sustentabilidade da nossa cooperativa. 

Não foi por acaso, portanto, que o tema foi pautado na nossa última Assembleia Geral Extraordinária, realizada no dia 3 de setembro. Na ocasião, o diretor de Provimento de Saúde, José Augusto Ferreira, trouxe o exemplo de outra concorrente: o Grupo Notredame Intermédica (GNDI). Também com um amplo projeto de expansão no mercado, o GNDI está inovando em modelos assistenciais e oferece um plano de saúde digital, com atendimento ao cliente por meio de uma plataforma de telemedicina.
 

Confira abaixo algumas das estratégias adotadas pelas operadoras para ganhar mais eficiência e conquistar clientes:

:: Verticalização

Operadoras como a Hapvida e a Notredame Intermédica apostam fortemente nesse formato. A verticalização consiste na adoção de unidades próprias de atendimento ao cliente para, assim, ter um controle maior dos custos e uma maior eficiência assistencial.

Na Unimed-BH, adotamos um modelo misto, em que Rede Própria e Rede Credenciada asseguram aos clientes o que eles precisam, aonde precisam, em tempo oportuno e com os recursos adequados (acesso e integralidade). A nossa estrutura deve ser "tão grande quanto necessária e tão pequena quanto possível".

:: Médicos contratados

Algumas operadoras adotam o modelo de contratação de médicos, seja por pessoa jurídica ou pelo regime celetista. Os profissionais prestam contas por produtividade, qualidade e controle de custos.

Na Unimed-BH, os médicos cooperados são os donos do negócio e a remuneração é feita por meio de indicadores de qualidade, construídos pelos próprios cooperados dos Comitês de Especialidades. 

:: Abertura de capital

Diferentemente das cooperativas – que não têm fins lucrativos e os resultados são compartilhados igualmente com os médicos cooperados –, as empresas de capital aberto contam com acionistas, que recebem fatia dos lucros proporcionais à sua cota.

Como cooperativa, além da remuneração e da distribuição de resultados, a Unimed-BH também possui uma importante política de benefícios, proposta pelo Conselho Social, que considera critérios como qualidade assistencial, produção e meritocracia. 

Cenário

Mesmo em um cenário de crise, a Unimed-BH vem se destacando no setor. Os resultados podem ser creditados a uma gestão eficiente e fundamentada na austeridade, além de um modelo de governança estruturado a partir do interesse coletivo.

Na prática, a base desses resultados vem sendo estruturada há vários anos para a Unimed-BH se tornar uma referência no setor de saúde suplementar no Brasil e ter hoje 54% de market share em nossa área de atuação, com mais de 1,2 milhão de clientes.

“Nossos investimentos em rede própria e a inovação aliada à melhoria da qualidade assistencial são nossos principais diferenciais competitivos. Mais do que uma estratégia com foco em preço, como vemos no mercado, nosso diferencial continua sendo a assistência qualificada aos nossos clientes. Aprendemos que podemos utilizar inovações tecnológicas para complementar o nosso cuidado, de uma forma ainda mais segura e eficiente. E o cenário da pandemia só fortaleceu essa estratégia, com o lançamento bem-sucedido da Consulta On-line Coronavírus, do serviço de telemonitoramento dos clientes com suspeita ou confirmação de COVID-19, e todas as inovações que anunciamos nos últimos meses em várias frentes do nosso negócio”, explica Samuel Flam.