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Cooperada apresenta prática para recém-nascidos pioneira no país

Os bebês que nascem antes de 34 semanas são encaminhados para a Unidade de Cuidados Neonatais Progressivos (UCP) da Maternidade Unimed-BH, onde uma das práticas de fortalecimento dos pequenos é a administração de surfactante. O medicamento “amadurece” os pulmões, já que ainda não estão completamente formados. Para receber esse medicamento, os recém-nascidos precisam ser intubados, o que é seguido de ventilação mecânica.

Em 2011, a cooperada neonatologista Rosilu Barbosa, que é coordenadora médica da UCP, teve o olhar lá na frente e enxergou a oportunidade de inovar no cuidado com os recém-nascidos prematuros. “Durante meus estudos naquela época, descobri um projeto piloto de um médico italiano que utilizou máscara laríngea para administrar o surfactante. Um procedimento não invasivo para os prematuros, sem necessidade de intubar os pequenos. Decidi transformar esse tema em minha tese de doutorado”, conta.

      Desde então, foram quatro anos de estudo e aplicação prática em recém-nascidos internados na UCP da Maternidade, mediante consentimento e autorização prévia dos pais.


Iniciativa pioneira

Em 2014, a tese de doutorado da cooperada foi defendida e aprovada. Quase três anos depois, a tese gerou um artigo científico, que foi publicado no periódico Jornal de Pediatria e ainda recebeu destaque com um editorial. “A publicação recebeu esse reconhecimento porque há pouquíssimos pesquisadores em todo o mundo investigando essa prática. No Brasil, inclusive, a iniciativa é pioneira”, revela Rosilu.

Já em abril deste ano, a cooperada foi convidada para participar do Congresso Americano de Pediatria (PAS 2019), em Baltimore, nos Estados Unidos. Ao lado de um grupo de professores, Rosilu ministrou workshop sobre administração de surfactante em prematuros via máscara laríngea. “Tive a oportunidade de conduzir essa apresentação com pesquisadores da Europa, da Ásia e dos Estados Unidos, e oferecer atividades práticas para estudiosos interessados no tema”, diz.

     

Mudança na prática

Agora, Rosilu e a Cooperativa estão se preparando para colher os frutos desse trabalho, que teve início há oito anos. O corpo clínico e as equipes de enfermagem e fisioterapia da UCP da Maternidade estão sendo treinados para iniciar essa nova forma de aplicação do surfactante para os bebês prematuros.

“Nossa meta é colocar em prática a administração de surfactante pela máscara laríngea durante o segundo semestre e também levar a ventilação pela máscara laríngea para a sala de parto, evitando a intubação de recém-nascidos pré-termo", conta. “Os resultados esperados são os melhores: além de minimizar os efeitos deletérios da intubação para os bebês, teremos condição de reduzir o tempo de internação deles e diminuir custos com ventilação mecânica”, completa.

 

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