Esportes: um amor passado de pai para filha
O especialista em Medicina de Família e Comunidade, Daniel Knupp, conta sua história de paixão pelo esporte desde a infância
Disciplina, autoconhecimento e determinação. Essas são algumas das palavras usadas pelo cooperado e médico de Família e Comunidade, Daniel Knupp, para definir a importância do esporte em sua vida. “Minha relação com o esporte começou cedo. Aos quatro anos, por recomendação médica, meus pais me matricularam na natação com o objetivo de melhorar os sintomas de uma bronquite asmática. Aos nove comecei a competir pela equipe de natação do Minas Tênis e não parei mais”, declara.
Na adolescência ele iniciou uma transição da natação para o mountain bike. “Quando entrei no segundo grau o horário dos treinos de natação coincidia com as aulas. Fiz a opção pelos estudos, mas logo busquei uma alternativa para continuar a me exercitar”, afirma. Era o ano de 1993, quando teve início as primeiras competições de moutain bike no Brasil. A curiosidade e a paixão por aquele nova modalidade esportiva levou Daniel a se aventurar pelas competições. Hoje, ele contabiliza mais de 26 anos de amor pelas bicicletas e chegou a ser vice-campeão mineiro de mountain bike.
“O esporte moldou a minha personalidade. Ele me ajudou a definir metas, conhecer melhor meu corpo, lidar com frustrações, e principalmente, me conhecer melhor"
Para o médico, foi graças ao esporte que ele se tornou uma pessoa mais disciplinada e determinada. “O esporte moldou a minha personalidade. Ele me ajudou a definir metas, conhecer melhor meu corpo, lidar com frustrações, e principalmente, me conhecer melhor. São várias as lições que aprendi e que aplico na vida”, relata.
Foi também por meio do esporte que Daniel começou a se interessar pela fisiologia. Interesse esse que o levaria a trilhar os caminhos da medicina. “Como atleta aprendi a me cuidar, a relacionar o meu desempenho de acordo com a minha rotina de alimentação, de sono, a cuidar melhor da minha saúde. Mesmo sem o conhecimento teórico, que aprendi só mais tarde na faculdade de Medicina, já percebia os impactos positivos de uma rotina diária de exercícios no funcionamento do meu organismo”, confessa.
A bicicleta também é um meio de transporte para Daniel. Na foto, ele está no biciletário do Centro de Promoção da Saúde da Unimed-BH no bairro Santa Efigênia
Da vida para o consultório
Esse amor e dedicação ao esporte também foi levado para dentro do consultório. Como médico de Família e Comunidade, Daniel relata que sempre orienta os pacientes e os incentiva a largar o sedentarismo. “Hoje as pessoas vivem com um alto nível de estresse, com grandes tensões, que levam ao aparecimento de doenças como ansiedade, obesidade, hipertensão e diabetes”, alerta. O médico completa: “Uma das coisas que mais me satisfaz no consultório é a pessoa aceitar o convite que o esporte faz, buscando uma mudança de comportamento e de hábito. Quando ela é mordida pelo bichinho, o corpo muda e os resultados são imediatos”, conclui.
“Tenho uma filha pequena e quero que ela ame o esporte assim como eu. Quero que isso faça parte da sua rotina e da sua formação ao longo da vida"
Fora do trabalho, ele também divide com a família e amigos o amor pela atividade física. “Tenho uma filha pequena e quero que ela ame o esporte assim como eu. Quero que isso faça parte da sua rotina e da sua formação ao longo da vida. Também mantenho uma oficina de bicicletas em casa, lugar onde exerço meu hobby, que é cuidar das bikes, e que está sempre aberto para receber os amigos”, conclui.
Daniel e sua filha Catarina de quatro anos. Estímulo ao esporte desde cedo